3º Capitulo - O Ódio mora dentro de casa

Os risos dentro da casa de Klauton eram imensos, principalmente para Leonardo que divertia-se ao conversar com o pai de Klauton, o Sr. Malvino, um homem extrovertido e casado com a Sra. Lucia que estava do lado da filha aprontando para o grande almoço em família. Leonardo olhava ao redor da casa e via Marcos, seu amigo, olhando para Solene como um bobo apaixonado, entretanto percebeu que Klauton olhava para ele deixando mais vermelho como fosse um tomate. Leonardo sorria para Klauton e sentiu a retribuição quando Klauton pegou nas suas mãos, mas Leonardo afastou por estar na casa dos seus pais.

- Garoto! Não tenho vergonha por ser o pai de Klauton. Meu filho não para de falar de você desde que conheceu no jogo da faculdade.
- Para pai - disse Klauton que pegou na mão de Leonardo que ficou sem reação - assim o Léo vai ficar vermelho. Viu só.

O pai de Klauton começou a gargalhar de ver o garoto ficar vermelho. O Sr. Malvino foi em direção ao Leonardo e o abraçou dizendo que esta em companhia bem protegida. O rapaz não sabia dizer ao pai de Klauton.

- Eu... eu fico muito feliz.
Klauton colocou a mão no seu ombro e beijou no seu rosto deixando Leonardo paralisado.
- Léo deixa a vergonha de lado e deixa a vida entrar no coração.

Os dois caminharam de mãos dadas para mesa onde a Sra. Lucia e sua filha servia o almoço para a família e os convidados. Leonardo sentia o rapaz mais feliz e começou a interagir demonstrando que seus sonhos era ser um jogador profissional, Klauton abraçara o rapaz dando o maior apoio.

- Já que estamos reunidos, quero fazer uma petição - disse Klauton levantando-se da mesa com uma taça na mão, mas algo chamou atenção. Marcos continuava de olhos pra Solene como fosse um bobo apaixonado - MARCOOOOS.

Leonardo deu risada junto com Klauton ao perceber que o amigo estava distraído demais olhando a Solene. Klauton voltou olhar para a taça e olhou para o Leonardo.

- Eu quero brindar a você que me deu atenção e me deixou entrar no seu coração. Eu sempre procurava alguém e encontrei você. Conhecemos poucos momentos , mas desde que entrei naquela faculdade há dois meses atras olhava para você como um anjo. Quer namorar comigo?

O coração de Leonardo queria sair pelo céu da boca para gritar um grande sim para dizer uma resposta mais clara ao Klauton. Levantou-se e aproximou perto dele dando um beijo de resposta como sim pra namorar. Todos aplaudiram em pé em comemoração com taças de champanhe. Os dois jovens saíram de mãos dadas para o portão de saída e Leonardo sentia o seu coração explodir de alegria por estar com uma pessoa que realmente o ama, mas seu pensamento veio na sua casa. O que aconteceria se seus pais soubessem? Descobriria quando chegasse em casa, pois a verdade tinha que ser dita. Ele se despediu do seu novo namorado que pediu pra ser forte pra enfrentar os pais.
Parecia que iria aparecer um novo pesadelo, mas pensou no lado positivo dos pais aceitarem como ele é. O portão de entrada foi aberto e Leonardo suava de tensão quando apareceu Klauton no portão da sua casa.

- O que você esta fazendo aqui?
- Decidi que devo esperar aqui. Sinto que irá precisar de mim.

O jovem sorriu e entrou sozinho dentro de casa enquanto Klauton esperava do lado de fora a espera de resposta.
Seus pais estavam sentados no sofá e decididamente estavam com o rosto sérios. Imaginava que a escola devia ter relatado sobre a confusão e Leonardo não sabia como dizer quando o pai, o Sr. Marcel, levantou-se do sofá e caminhou em direção ao filho. Leonardo olhou a fúria do pai com um tapa no rosto. O garoto caiu no chão como tivesse levado uma tijolada e a mãe, a Sra. Helena colocara as suas mãos nos rosto demonstrando o horror.

- Sua vida esta resumida por ser um viado, moleque.
- Nunca me bateste, meu pai !
- Filho que segue esse tipo de caminho merece um belas bofetadas na cara.

A mãe começara a chorar pedindo que ao marido não batesse no filho. O pai levantara Leonardo do chão levando para o alto como fosse qualquer pessoa e começou a esbofetear no seu rosto.

- Filho meu nunca vai ser viado nesta vida. Esta entendido.

O garoto foi jogado contra a parede com muita força e caiu no chão com a boca a parte do rosto perto do olho sangrando e mãe foi correndo amparar o filho dizendo que poderia curar a doença que corria com ele.

- EU NÃO SOU DOENTE! EU NASCI ASSIM.
- NÃO ATREVA A FALAR DENTRO DA MINHA CASA. MEU FILHO NÃO VAI SER VIADO.
- Eu vou embora desta casa! Como posso ter um apoio se nem a minha família possa apoiar por achar que estou doente ou por que escolhi ser assim. Eu nasci assim.

O pai voltara a ameaçar o filho quando ouviu a porta abrir e Klauton apareceu pra defender o seu namorado. O Sr. Marcel tentou bater no Klauton, entretanto via a impossibilidade do garoto ser mais forte. Klauton empurrou o pai de Leonardo e foi levando o garoto para o quarto que indicava o caminho para pegar suas coisas. Leonardo sentia as dores no corpo e chorava por estar perdendo aqueles que foram um dia seus pais.

- Um dia os seus pais irão cair na realidade e vão perceber quanto você é especial.
- Eles não aceitam como sou Klauton.
- Eles vão aceitar com tempo, amor - disse Klauton abraçando Leonardo que chorava com os machucados no rosto e no olho - vamos pra minha casa e depois veremos como podemos ajudar você com a sua família, mas agora temos que sair.

Klauton ajudava o namorado a preparar as suas roupas numa mala e Leonardo tentava limpar o sangramento nos lábios e no rosto. Seu corpo doía pelo corpo todo quando ouviu mais discussão de seus pais e os berros podia ser ouvido na esquina.

- VAI DEIXAR O NOSSO FILHO IR? PODEMOS CURAR!
- O SEU FILHO PRECISA LEVAR UMA BOA SURRA PRA TORNAR HOMEM DE VERDADE.

Leonardo olhava para o Klauton e sentia vergonha por estar ouvindo aquela discussão e pedia desculpas. Klauton foi até o namorado e abraçou e dizendo poucas palavras: "Te amo".
O casal saiu do quarto deixando a tristeza daquela casa. Leonardo pedia ao namorado que saísse pelo fundo para que os pais não o vissem. Seguiram o trajeto para casa de Klauton onde a família recebeu com carinho e dando um abraço de carinho e conforto.

- Será que um dia voltarei para aquela casa?
- Voltara amor e de braços abertos pelos seus pais. O tempo mostrara o que seus pais estão perdendo. Um filho especial que tem sonhos.
Os dois abraçaram e caminharam para o quarto de hospede onde Leonardo conheceria sua nova família.